Houve uma grande compra de material rodante durante o ano de 1949 quando a estrada estava atingindo Fernandópolis 339,5 , quando foram adquiridas 300 vagões entre plataformas, gaiolas e vagões fechados.

Iniciou-se também a troca dos trilhos de 32,24 Kg por metro, mais pesados de 44,6 Kg por metro.

Em 1950 as locomotivas à vapor tiveram seu domínio ameaçado pela primeira vez pois foi aberta a concorrência para a compra de 20 locomotivas diesel-elétricas, além de 41 carros de passageiros, 150 vagões metálicos, 50 gôndolas, 50 gaiolas e 2 plataformas que seriam adquiridos através do plano Truman que previa gastos no montante de US$ 17.294.909,02.

Em 1955 iniciou-se a transformação da bitola métrica para a larga que iria terminar em 1960.

Estas locomotivas diesel só chegariam em 1958, na razão de 5 unidades e foram pagas através de um contrato firmado entre o governo do Estado de São Paulo e o Export and Import Bank por intermédio da Rede Ferroviária Federal. Neste momento a EFA tinha 34 locomotivas vapor de bitola métrica e 20 de bitola larga.

O fim da década de 50 foi marcada pelo medo da ferrovia frente ao avanço dos outros meios de transporte e houve uma queda de passageiros transportados da ordem de 20% tendo em vista que o transporte rodoviário através de ônibus estava cobrando tarifas mais baixas do que as passagens de segunda classe

No próprio relatório de 1959 se lê: ..."Esta ferrovia é, entre todas, uma das mais afetadas pela concorrência rodoviária principalmente porque, a excelente rodovia Washington Luiz...’.

O transporte de mercadorias também sofre seu golpe pois "... já vem aparecendo, nas rodovias asfaltadas, auto-caminhões apropriados para o transporte de até 30 animais..."; o frete alto era o maior problema pois o Governo não queria baixar a receita e compensava a perda de volume de carga nas tarifas cada vez mais elevadas. Para se ter uma idéia do volume que deixou de ser transportado pela ferrovia poderemos citar o transporte específico de bagagens que teve em 1955 a quantidade de 17.532 toneladas transportadas e em 1959 este mesmo serviço transportou somente 9.615 toneladas. Isto também se justifica pela morosidade do sistema pois a velocidade média dos trens em 1959 foi, como já dissemos anteriormente, de 39,50 KM/h.

Apesar de todos estes contratempos a EFA estava para receber 23 carros de passageiros que haviam sido encomendados em 6 de julho de 1958 para substituir os carros de madeira tipo subúrbio que estavam na EFA sob forma de empréstimo da Estrada de Ferro Santos a Jundiaí uma vez que com o alargamento da bitola não havia carros suficientes para o transporte de passageiros, pois nem todos os da bitola métrica haviam sido transformados.

As 17 locomotivas dieseI-elétricas já estavam em serviço no ano de 1964 e o vapor só estava sendo usado no ramal de Silvânia que seguia na bitola métrica. O patrimônio da EFA ainda tinha neste ano 4 locomotivas a vapor de bitola métrica e 3 de bitola larga.

Antes de passar para a administração da Cia. Paulista através do decreto estadual nº 48.028 a EFA possuía 3 hortos florestais em Bueno de Andrade (Araraquara), Monte Alegre (Matão) e Santa Ernestina (Taquaritinga) além de um setor de ensino e consultórios dentários para uso de seus funcionários.

Quando da transferência da administração a frota era composta por:

Quanto aos carros foram transferidos:

Quanto aos vagões foram transferidos:


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