APRESENTAÇÃO
Este texto foi elaborado e distribuído pela Diretoria de Relações Públicas da antiga FEPASA e mostra de maneira resumida a história a EFA.
ESTRADA DE FERRO ARARAQUARA S.A.
O Café atrás do qual sempre penetrava uma ferrovia ao se propagar vertiginosamente pelas terras da região araraquarense, em fins do século passado, seria motivo de aparecimento de mais uma estrada de ferro em São Paulo - a Estrada de Ferro Araraquara.
Para que essa ferrovia fosse construída, como requeria a firma Guilherme Lebeis e Lara, Magalhães & Foz que representava os interesses dos fazendeiros da região -, foi preciso, antes que se obtivesse o consentimento da Companhia Paulista de estrada de Ferro. Nessa época, a Paulista era detentora de todas as concessões ferroviárias para a zona araraquarense por direito herdado da Estrada de Ferro de Rio Claro e Araraquara, por ela adquirida em 1892.
Em vista da permissão dada pela Paulista, concedida através de um ofício datado de 12 de agosto de 1895, o Presidente do Estado, Bernardino de Campos, não teve dúvidas de assinar, em 17 de setembro, o decreto autorizando a construção da estrada, que deveria ligar Araraquara a Ribeirãozinho (hoje Taquaritinga).
Obtida a licença, constituiu-se a Companhia Estrada de Ferro Araraquara, com o capital de 2 mil contos de réis, representado por 10 mil ações de 200 mil réis cada uma. Coube a Carlos Batista de Magalhães encabeçar a primeira diretoria da Companhia e ao engenheiro Antonio Manoel Bueno de Andrade contratar e realizar os estudos definitivos do traçado.
Embora o capital da empresa não tivesse se completado visto que as ações eram subscritas, em sua maioria, por fazendeiros que começavam a sofrer os primeiros efeitos de uma crise financeira ditada por uma depreciação no preço do café, assim mesmo, as obras da estrada foram inauguradas no dia 9 de novembro de 1896.
Cinco anos depois, em 7 de dezembro de 1901, após enfrentar alguns obstáculos financeiros - os quais precisou vencer com a contratação de dois empréstimos e uma subvenção, a estrada chegou a Ribeirãozinho, 75 quilômetros adiante de Araraquara. O primeiro lustro de funcionamento da estrada coincidiu com um período de crise econômica nacional; por isso, a estrada ficou em estado estacionário. De 1906 em diante, com a obtenção de um empréstimo de 4 mil contos de réis, foi possível à estrada iniciar a sua expansão para o Oeste, até São José do Rio Preto.
No ano de 1909, com os trilhos a meio caminho do prolongamento previsto, a direção da Companhia passa às mão de um grupo de engenheiros que adquiriu a maioria de suas ações (cerca de 7.600), deixando, tão somente, a presidência a Carlos Batista de Magalhães, que a vinha exercendo desde a sua fundação.
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